25 de julho de 2011

Cuz your brushing thirty, And your old tricks no longer work.



Ela se foi Antes dos 30. :(

R.I.P Amy Winehouse: musa, talento musical e amiga imaginária.

O dilema do carro

Eu nunca aprendi a dirigir. Na verdade eu tentei, com 12 anos, nas férias. Meu primo Rodrigo me levou no campinho de futebol perto da casa de praia, com o Monzão azul marinho do tio Ivan. Ele, mais velho, dirigia desde os 11 (!). Ele sempre falava da liberdade, do quanto era bom poder ir e vir livremente, engolir distâncias. Grande apelo para uma pré adolescente. Mas o que se seguiu não foi nada parecido com isso.

Eu e o carro não nos demos bem de cara. Acelerei demais, sem querer dei um cavalinho de pau e quase enfiei o carro em uma das traves do campinho. Uma aventura de férias para posteridade. Saí do carro com o coração disparado e corri de volta pra minha bicicleta.

Nunca mais botei a mão no volante de um possante. Anos depois, mudei pra São Paulo, eu, gata-garota independente, pagando minhas contas, mas ainda sem vontade nenhuma de dirigir. Além do trânsito da cidade ser infernal, eu curtia colocar o ipod andar a pé, observando a cidade, conhecendo cantinhos.

Todo mundo me perguntava no maior espanto: e como você faz mercado? - ué, eu compro e mando entregar... ou carrego pra casa, depende da quantidade! e quando você precisa ir pro outro lado da cidade? - aff, dou um google maps no dia anterior faço meu mapinha e pego o ônibus... - e na volta do show de madrugada? - bolas, eu pego um táxi!

Mas daê que no início do ano no show da já saudosa Amy Winehouse um taxista me assaltou. Lindo. Assaltada por um taxista. Na porta de casa!

Cara, naquela hora resolvi que eu tinha que tomar as rédeas da minha locomoção e aprender a dirigir. Mas porra, como é difícil mudar velhos hábitos. Namorado dando carona, me pegando no metrô e eu procrastinando loucamente. Daí essa semana Xoq, o meu gato, teve um piripaque. Sozinha em casa, só pensava que ele ia bater as botinhas de gato ali mesmo. (ele tá bem, era uma pedrinha nos rins!)

Desisti de lutar contra a indústria automotiva e fiz minha matrícula na auto escola. A primeira coisa a começar a ser resolvida na lista Going 30's aí do lado. Duvido que seja a primeira a ser executada, pois já fui informada das aulas noturnas e das famigeradas aulas teóricas. Tipo, um mês, no mínimo. Duvido que eu vá ser uma louca por carros e motores. Mas não depender de ninguém num caso de emergência, pra mim já é motivo suficiente.

Desejem-me sorte pra eu não ficar assim:

23 de julho de 2011

Brincadeira de criança

Quando eu era criança, tinha uma brincadeira em que a gente colocava no papel a idade em que a gente queria casar, 3 nomes de garotos de quem a gente gostava, 3 profissões que queríamos seguir, 3 nomes de flor, 3 nomes de pedras preciosas e outras 3 coisas que não lembro mais. A gente cantava uma musiquinha, fazia umas continhas e, voilà, o futuro estava traçado em uma brincadeira de criança. Eu sempre dizia que ia casar aos 25. O nome dos garotos de quem eu gostava não lembro mais. As profissões, bailarina, professora, veterinária. Das flores não me lembro, mas deduzo que uma delas fosse rosa. E as pedras preciosas eram rubi, esmeralda e ametista.
Desse destino que eu queria ter aos 7 anos de idade, pouca coisa se concretizou. Aos 25, estava me separando do primeiro cara com quem morei junto e o nome dele nunca esteve naquele papel. Eu era estagiária de produção em uma emissora de TV. Não gostava muito de rosas, mas continuava gostando de rubis.
Hoje, a pouco mais de um mês de completar 29 anos, tudo é diferente outra vez. Nesse meio tempo, morei com outro cara (outro fora da lista dos 7 anos), separei de novo. Voltei para casa em que eu morava naquela idade, mas sem minha família. Tenho um namorado que mora na Inglaterra. Não, não me casei aos 25, nem estou casada agora, antes do 30 (ok, ainda dá tempo). Não trabalho mais na TV. Trabalho com livros e também dou aulas (algo se concretizou). Não gosto de rosas. E tatuei um rubi no pulso esquerdo.
Adivinhar o destino sempre é algo atraente, mas definitivamente pouco eficaz, me diz a sapiência adquirida ao longo dessas quase 3 décadas. Meus planos para o futuro hoje se resumem a deixar o futuro acontecer. Sem pressões externas, sem pressões internas. O que quero hoje pra mim, pra antes dos meus 30 anos é ter uma vida mais calma, com menos problemas e mais prazer. Pensando nisso, fiz essa listinha aí do lado. Essa lista é um desdobramento do que considero como "vida mais calma, com menos problemas e mais prazer". Tenho a impressão de que vou fazer alterações nessa lista várias vezes, porque mudar de ideia é uma coisa que aprendi ser saudável e fazer parte do "sem pressões". (Mas ainda continuo me perguntando até quando não será ridículo usar all star sujo.)
Seja bem-vindo e conte com a certeza de que muitas coisas ainda acontecerão antes que o mundo acabe, antes dos 30, antes de 2012.

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E faço das palavras da Renata as minhas. Agradecimentos a Beanes e Felipe. Porque sou uma completa incompetente no que diz respeito a essas coisas que eles fazem. E não pretendo deixar de ser, nem antes nem depois dos 30. Portanto agradecimentos públicos e gigantes. Obrigada.

22 de julho de 2011

Antes dos 30 eu vou...

O senso comum nos conta que ao chegar aos 30 já temos que ter feito ou conquistado uma série de coisas a saber: um marido, uma carreira estável, talvez filhos. Já temos que usar um creme anti-sinais, e combinar de encontrar nossas amigas em restaurante japonês ao invés de boteco.

Antes dos 30 nós temos que começar a colher os bônus de tudo que se fez na década. E obviamente, se você não usa creme ao redor dos olhos, você falhou miseralvemente na sua educação para a vida adulta.

Eu e Danielle nos pegamos em uma discussão sobre o que nós não poderíamos mais fazer depois dos 30. Usar all star ainda pode? E minissaia jeans? Ainda pode usar o creme 25+ ou temos que partir pro 30+ direto, sem deixar o potinho acabar? Muitas questões para uma mulher, mas uma real e inexoravelmente importante - o que eu realmente quero fazer e realizar antes dos 30 anos.

Tipo eu mesma; não o que as pessoas queriam para mim.

Já que ninguém perguntou, eu mesma fiz essa wishlist que inclui desde aprender a tocar um instrumento até ver a neve. Sim, sou clichê, mas são duas coisas que eu quero MESMO fazer antes de hecatombe de 2012, que é quando completarei 30 formosas primaveras.

Esse será o nosso escrever uma árvore, fazer um livro e plantar um filho, só que ao contrário. Ou não, se nos der na telha. Quem quiser acompanhar, seja bem vindo.

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Um agradecimento especial ao Alexandre Beanes , baiano, poeta, artista de corpo e alma, anarquista e corinthiano que fez essa ilustração fofa no cabeçalho do blog, e ao Felipe Fernandes, primo, ilustrador, talento versado em todo tipo de programação e afetos, por colocar a imagem no tamanho, coisa que eu não conseguia fazer nem por um cacete.